Estudo inédito derruba relação entre aborto e distúrbios mentais subsequentes

18/02/2011 13:58

Resultados mostraram que estado de saúde mental prévio é o mais forte preditor da saúde mental pós-aborto

Resultados finais do estudo mostraram que o estado de saúde mental prévio e não o aborto por si só, é o mais forte preditor da saúde mental pós-aborto

 

Resultado de estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia e do Instituto Guttmacher, sobre a relação entre aborto e distúrbios mentais subsequentes, revela que dados colhidos por uma outra pesquisa sobre o tema não são replicáveis. O estudo anterior afirma que mulheres se sumetem ao procedimento correm maior risco de sofrer variações de humor, ansiedade e transtornos após a cirurgia.

Resultados finais da novo levantamento mostram que é o estado de saúde mental prévio o mais forte preditor da saúde mental pós-aborto, e não o aborto por si só.

Os pesquisadores Julia Steinberg e Lawrence Finer analisaram o mesmo conjunto de dados do estudo realizado em 2009 e descobriram que em cada caso, a proporção de mulheres com problemas de saúde mental relatada foi muito maior, às vezes mais de cinco vezes maior, do que a relatada por eles. Os resultados do trabalho também foram inconsistentes com vários outros estudos publicados utilizando o mesmo conjunto de dados e amostras.

"Nossa incapacidade de reproduzir as conclusões do estudo anterior deixa claro que a investigação com a pretensão de encontrar relações entre o aborto e pobres indicadores de saúde mental devem ser submetidos a um exame minucioso", afirmou Finer.

Steinberg e Finer examinou também outros fatores de risco bem estabelecidos para problemas de saúde mental pós-gravidez, como a preexistência de distúrbios mentais e violência sexual ou física antes do aborto.

Eles descobriram que mulheres que tiveram abortos múltiplos tinham mais probabilidade de ter experimentado estes fatores de risco antes do aborto do que as mulheres que tiveram um aborto ou nenhum.

Uma vez que eles controlaram o estudo para esses fatores, eles não encontraram nenhuma relação significativa entre a história de aborto e transtornos de ansiedade e humor subsequentes.

Os pesquisadores concluíram que estes resultados suportam a visão de que o estado de saúde mental prévio e não o aborto por si só, é o mais forte preditor da saúde mental pós-aborto.

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 
Fonte: Isaude.net