Aula 14

23/01/2012 10:44

Lição 14

Texto Bíblico: I Coríntios 15:1-26.

Tópico geral: A ressurreição dos crentes.

 

A. As Provas da ressurreição dos Crentes.

      1. Prova histórica. Leia I Coríntios 15:1-11. Paulo inicia sua argumentação sobre a ressurreição do corpo humano com a de Cristo, já que os coríntios acreditavam nela. A ressurreição de Cristo é um fato histórico provado pela mensagem do evangelho, pelo depoimento de testemunhas e pela conversão do próprio Paulo. Se não houvesse ressurreição, não haveria salvação, pois um Salvador morto não pode salvar ninguém! Paulo argumenta: “Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.”

      2. Prova pessoal. Leia I Coríntios 15:12-19. Paulo menciona a experiência pessoal dos Coríntios. Ele pregou-lhes o evangelho, eles creram e tiveram a vida transformada em consequência disso. No entanto, se não houver ressurreição, então Cristo está morto, e o evangelho é uma mentira! E, se esse for o caso, a fé cristã é boa apenas enquanto a pessoa está viva, pois, de acordo com essa concepção, não há esperança após a morte.

      3. Prova doutrinal. Leia I Coríntios 15:20-28. Aqui, Paulo trata da doutrina bíblica dos “dois Adãos” (Em Rm 5, ele também usa esse argumento). A morte entrou no mundo por causa do pecado do primeiro Adão, mas foi derrotada por intermédio da morte do último Adão(Cristo). Cristo é as primícias, isto é, ele é o primeiro de uma grande colheita ainda por vir. Ele é o “último Adão” de Deus e reverterá o erro que o primeiro trouxe ao mundo. Os que morreram em Cristo ressuscitarão quando ele retornar(v. 23 e I Ts 4:13-18). Por fim, Jesus porá todas as coisas sob seus pés, até mesmo a morte. Em outras palavras, negar a ressurreição dos mortos é negar o reino futuro de Cristo. As promessas de Deus para o futuro são nulas e vãs se o crente estiver “morto e perdido”.

      4. Prova prática. Leia I Coríntios 15:29-34. Paulo menciona diversas práticas da vida diária que provam a ressurreição do corpo. Primeiro, os coríntios se batizavam “por causa dos mortos”. Possivelmente, os coríntios batizavam novos convertidos para que tomassem o lugar dos mortos. De qualquer maneira, a igreja de Corinto ainda praticava o batismo, e este simboliza a morte, o sepultamento e a ressurreição. Essa prática não tem sentido se não há ressurreição dos mortos. A vida cristã no geral, perde seu sentido, o seu propósito, se não há esperança da ressurreição com Cristo.

 

B. O processo de ressurreição do crente.

Leia I Coríntios 15:35-49. Nessa passagem, a pergunta-chave é esta: “Como os mortos ressuscitam?”. Paulo usa a natureza para mostrar que não há vida separada da morte. A semente morre para frutificar, e o fruto é diferente da semente original, embora se identifique com ela. Os corpos ressurretos, como os corpos celestiais, terão seu próprio tipo de glória. O corpo ressurreto não é o mesmo que foi plantado, mas há continuidade entre ele e o corpo sepultado. O corpo físico sepultado é corruptível, um corpo de humilhação, é fraco, pertence ao ambiente natural. O corpo ressurreto é incorruptível, tem poder e glória e pertence ao ambiente espiritual.

O corpo ressurreto de Cristo ilustra esse ensinamento de Paulo. Os crentes o reconhecem, portanto há continuidade entre seu corpo crucificado e o glorificado. No entanto, ele também podia mudar sua aparência. Ele passou através de portas trancadas, mas também comeu peixe e mel(lc 24:41-43) e convidou os discípulos a tocarem-no. Era o mesmo corpo, embora fosse diferente. O corpo ressurreto mantém a identidade pessoal e a individualidade do crente, embora se adapte a um novo tipo de vida.

 

C. O propósito da ressurreição dos crentes.

Leia I Coríntios 15:50-58. Esse mistério refere-se ao arrebatamento da igreja. Quando Cristo retornar, primeiro, os mortos serão ressuscitados; a seguir, os vivos serão levantados com Ele, e todos serão transformados para ser iguais a ele. E tudo isso acontecerá em um piscar de olhos.

Paulo encerra com uma nota de vitória. O cristão não sofre o aguilhão da morte, porque Cristo retirou esse aguilhão. Não há vitória na sepultura, pois Cristo, um dia, esvaziará as sepulturas e, em poder, ressuscitará os seus. Como os gregos deviam sentir-se desesperançados quando pensavam na morte! As inscrições nos túmulos gregos e romanos antigos mostram que o maior inimigo deles era a morte, e que não viam esperança além do túmulo. Em Cristo, temos vida e esperança!

Em geral, cita-se o versículo 58 fora de seu contexto. Os cristãos podem permanecer firmes e inabaláveis porque sabem que seu pior inimigo(a morte) foi derrotado; portanto, não precisam temer nenhum outro inimigo. Eles podem ser abundantes no serviço cristão, pois esse trabalho contará para a eternidade. O trabalho deles não é em vão.

Nesse capítulo, Paulo usa, muitas vezes, a expressão “em vão”, que significa “vazio, sem conteúdo”. Nossa fé não é vazia, porque o túmulo está vazio! Todavia, se o túmulo não estivesse vazio, tudo o mais seria vão: nossa pregação(v.14), nossa fé(v. 14), e nossas obras(v. 58). A ressurreição de Cristo é a resposta de Deus ao lamento de Salomão, em Eclesiastes 1:2: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade!”. Agradeçamos a Deus a vitória que temos na ressurreição de Cristo!

 

PERGUNTAS:

  1. Porque todas as pessoas morrem fisicamente?

  2. Porque Paulo chamou o Senhor Jesus de “...as primícias...”?

  3. Como será o corpo dos crentes ressurretos?

  4. Que mistério Paulo revela aos coríntios?

  5. Mesmo que tenhamos sido libertos do poder do pecado e de Satanás, que parte da nossa salvação ainda não temos recebido?

  6. Que efeito a segurança da ressurreição e da transformação que Deus fará aos nossos corpos mortais deve produzir na nossa maneira de viver para o Senhor?